Poesia: Guarana com Canudinho

Uma vaca entrou num bar
e pediu um guaraná.
O garçom, um gafanhoto,
tinha cara de biscoito.
Olhou de trás do balcão,
pensando na confusão.
Fala a vaca, decidida,
pronta pra comprar briga:
– E que esteja geladinho
pra eu beber de canudinho!
Na gravata borboleta,


gafanhoto fez careta.
Responde: vaca sem grana
se quiser vai comer grama
– Ah, é?, muge a vaca matreira,
quem dá leite a vida inteira?
– Dou leite, queijo, coalhada,
reclamo, ninguém me paga.
Da gravata, a borboleta
sai voando, satisfeita.
Gafanhoto leva um susto,
acreditando, muito a custo.
E serve, bem rapidinho,
guaraná com canudinho.


CAPPARELLI, Sérgio.

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